terça-feira, 26 de julho de 2011

Os porcos

Já são 2 os porcos criados por mim desde Setembro do ano passado. Devidamente baptizados, o 1º de Pinto da Costa, morto em Dezembro do qual se fizeram 2 pás e 1 presunto de fumeiro bem como cerca de 30 salpicões e 50 moiras. O restante foi para carne fresca.
O 2º de seu nome Vítor Baia foi morto em inícios de Maio e todo ele foi para carne fresca e cerca de 50 moiras.
Não é fácil criar um porco. Implica alguns cuidados no seu dia-a-dia com a sua alimentação e o manter da “corte” em mínimas condições de higiene.
Na alimentação para além da ração apropriada para porcos (neste caso Tipo 60 da NANTA) deve-se ter alguns cuidados em fornecer bastantes leguminosas (couves, tronchudas) a fim de regular o trato intestinal do bicho, algumas sobras da nossa alimentacao, evitando algumas coisas com molhos e picantes bem como coisas que pela sua natureza sejam susceptíveis de azedar.
Quanto á higiene da “corte” há duas possíveis formas de a manter. Uma, a mais tradicional “em estrume” que consiste num chão em terra coberta por “mato” seco á base de giestas e que á medida que o porco a vai pisando e fazendo as suas necessidades vai apodrecendo dando origem a um fertilizante de terras natural, e que se vai sobrepondo camadas desse mato seco a fim de manter o porco o mais limpo possível.
A outra forma de manter a corte é num chão cimentado ou ladrilhado onde para se manter a higiene se procede á lavagem do chão á mangueirada.Porem este método requer um sistema de escoamento dos dejectos e da sua limpeza para uma fossa em casos de ser em campos afastados de casas poderem ser lançados directamente para a terra.
Diz-se no entanto que é através do 1º método que a carne ganha um sabor distinto para melhor.
Outra situação que torna difícil a criação do porco tem a ver com a sua matança e consequente tratamento das carnes para fumeiro.
É muito importante que a pessoa que mate o porco tenha bastante experiencia na arte da matança a fim de provocar uma morte rápida ao animal (atingindo-o o mais certeiramente no coração) bem como de um conveniente sangramento do bicho.

Depois da morte vem todo o processo de preparação do animal. Começando pela queima do pelo processo que hoje se faz com um maçarico a gás mas que noutros tempos era feito com uma tocha ou feixe de palha de trigo ou centeio o que dava um aspecto mais “bronzeado” á pele do animal.
À medida que o pelo vai sendo queimado os “ajudas” com facas vão raspando a pele do animal retirando-lhes o pelo queimado bem como a camada de cebo que a pele tem e que com o calor do maçarico vai empolando.

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