sábado, 29 de abril de 2017

Igreja de São Martinho de Soalhães



As origens da Igreja de São Martinho de Soalhães remontam ao século IX, quando aqui se fundou uma basílica onde estariam as relíquias deste santo ou existia um mosteiro dos Templários, já referenciado no ano de 1120. Contudo, dados mais concretos escasseiam até chegarmos ao século XIII, quando se documenta que a Igreja passou à condição secular, completando, assim, o processo de formação da paróquia.




Na listagem das igrejas de 1320, Soalhães é citada com a de Mesquinhata (Macinhata) e de Santa Cruz como sendo, todas juntas, taxadas em 400 libras. Este território constituía, no século XVIII, a Prelazia de Soalhães, ou seja, uma circunscrição eclesiástica fora da jurisdição diocesana, possuindo jurisdição que se comparava quase à jurisdição Episcopal. Apesar do peso histórico que adquiriu na Idade Média, a atual estrutura da Igreja de Soalhães denota poucos vestígios desses tempos, tendo sido bastante alterada em épocas posteriores.





Estas alterações geraram uma certa polémica nas instituições competentes aquando da sua classificação: apesar da sua raiz medieval, os testemunhos dessa época eram parcos para se avançar com a sua valorização. Inicialmente a classificação como Monumento Nacional só abrangeu os elementos românicos da Igreja. Mas esta situação foi posteriormente solucionada em 1980, quando se considerou a necessidade de se classificar a Igreja no seu todo e não partes concretas.






quarta-feira, 26 de abril de 2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

segunda-feira, 10 de abril de 2017

"O crime da aldeia velha."

Tal como em todas as terras também em Soalhães existem  algumas lendas, aqui vos deixo uma que é bem  real e chegou mesmo ao cinema e que viria a dar origem ao estigma imposto ao naturais de Soalhães de serem  da terra de "mata e queima".

Fica aqui o link para um excerto do filme crime da aldeia velha, de Manuel Guimarães, produção de António da Cunha Telles, 1964.

https://www.youtube.com/watch?v=I_yb-3fc2jI&t=26s





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"...Em 25 de Fevereiro de 1933, entre as 22 e as 23h, o pacato lugar de Oliveira na freguesia de Soalhães, concelho de Marco de Canaveses, foi abalado por um acontecimento insólito, que é bem revelador do obscurantismo reinante no nosso país na década de trinta e quiçá ainda hoje, ainda que sob formas mais sofisticadas. 
Uma mulher, Arminda de Jesus, domestica, casada com Joaquim Pereira Alves (ausente no Brasil à data do crime), mãe de dois filhos menores, foi espancada e queimada viva, acusada de estar possuída pelo demónio. A vítima, fora visitar uma amiga, Joaquina de Jesus Couto, também chamada Joaquina, a doida, que sofria de ataques de histeria, mas que se julgava estar possuída pelo demónio. Ao chegar a casa desta, encontrou um grupo de mulheres e homens, entre os quais Anastácio Pereira, seu cunhado, que lia um livro que se apurou mais tarde tratar-se de um exemplar do Livra de S. Cipriano, da editora Lello e Irmão, do Porto. Tendo Arminda caído ao chão, possivelmente com um ataque epiléptico, pois andava há tempos adoentada de mal desconhecido, a louca mandou-a pôr fora de casa, gritando que ela estava excomungada e ordenando que lhe batessem. O Anastácio, que interrompera a leitura do livro, surgiu com um crucifixo e um pau, açoitando a vítima até esta proferir as palavras 'Ai meu Deus'. Sendo a Arminda reconduzida para o interior da residência, a louca Joaquina exigiu que a expulsassem novamente e a matassem, porque ela ainda trazia o diabo no corpo. Então, os presentes, todos amigos da vítima e alguns até seus familiares, arrastaram-na para o exterior, levando-a para um barracão, onde foi agredida à paulada e depois queimada, tendo intervindo no crime o citado Anastácio Pereira, António de Queiroz Correia, marido da Joaquina, o filho de ambos, Manuel, de 14 anos, e os seus irmãos Manuel de Queiroz Correia e Francisco de Queiroz Correia. A versão dos acontecimentos não é idêntica nos diversos depoimentos prestados no tribunal pelos criminosos, mas condiz no essencial, podendo concluir-se que os autores de tão macabro caso estavam convencidos de que a morta ressuscitaria. O padre Joaquim Monteiro, pároco de Soalhães, declarou aos juízes que já anos antes apreendera a Anastácio Pereira um exemplar do Livro de S. Cipriano, e que a freguesia,

quinta-feira, 6 de abril de 2017

terça-feira, 4 de abril de 2017

Fim de semana de plantações.



Aproveitando o fim de semana de bom tempo , começamos as nossas plantações com a ajuda da minhas 2 filhas.

Cebola,pimentos(verdes,vermelhos e amarelos),courgettes, pepinos, couve coração, couve frisada,couve flor,broculos e alface.

A horta começa a compor-se!!!