Pelourinho, antigo símbolo de autonomia do concelho de Soalhães, integrado no concelho de Marco de Canaveses desde 1852 e extinto como comarca em 1855.
Numa perspetiva história, segundo Raczynski, aludido por Aguiar (nas páginas 92 e 93 do livro de 1947, com o título "Descrição Histórica e Corográfica e Folclórica de Marco de Canaveses), a proveniência dos pelourinhos provém duma “coluna de pedra com dois metros de altura e no cimo um varandim ou mirante, mandada construir por Moenius, nobre romano, na praça do Fórum de Roma”. Posteriormente, nobres, bispos, mosteiros e municípios seguiram tal exemplo, tornando os monumentos em tema em símbolos da sua dominação. Posto isto, o Pelourinho revela o poderio e a independência municipais de um determinado município, tendo sido, por vezes, mencionados por grandes escritores, como Camilo Castelo Branco, Gil Vicente e Garcia de Resende, entre outros.
Direcionando o pensamento para o Pelourinho de Soalhães, torna-se óbvia a sua presença enquanto representação da jurisdição e da independência remotas da freguesia (enquanto concelho). Este monumento encontra-se situado no centro do largo da junção das estradas municipais de Soalhães e da inferior de Juncal, patenteando uma preservação satisfatória (idem).
Fisicamente, o Pelourinho de Soalhães evidencia "uma plataforma de três degraus de planta quadrangular sobre a qual assenta uma base monolítica quadrada, destacando-se um fuste monolítico cilíndrico com colarinho. O tabuleiro é quadrangular com moldura e por cima deste são visíveis quatro colunelos de base quadrada e remate tronco-piramidal"
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